30/05/11

Eles não sabem mas fizeram-me muito feliz


Como resumir a palavra felicidade numa só imagem?

Apanhar Valter Hugo Mãe, Mário Zambujal e José Luís Peixoto na mesma foto, na mesma sala e a ter conversas de "Bons Malandros" (clicar aqui para ver outras fotos e resumo da conversa). E, claro, Diana Pimentel, fantástica professora, que dinamizou a conversa da melhor forma possível.
E, pronto, comigo é fácil fazerem-me feliz. Se eu pudesse atracava um pouco de mim a cada um deles e lá ia eu ser feliz para sempre, ou quase. Assim como assim tenho sempre os livros. Os livros de cada um destes escritores que são bocadinhos deles que posso atracar a mim.

28/05/11

Urgente:


Ler (e absorver) valter hugo mãe. Urgentíssimo. Como pude deixá-lo passar despercebido na minha lista de prioridades literárias este tempo todo?

E, sim, o nome dele escreve-se mesmo com minúsculas. Diz que não gosta de utilizar maiúsculas porque elas são um travão à leitura. Contudo, no próximo livro lá se renderá às maiúsculas disse ele. E falou de si, da sua infância, da forma como escreve, da oralidade presente nos seus livros, sensível é e não piegas, emocionou-se com o "nosso abraço", mostrou-se simples e humilde, apaixonado e feliz por cá estar.

Quem por aí é que já leu algum dos livros destravados deste autor? Que tal?


27/05/11

Nem um ponto. Nem uma vírgula.Um reingresso.


Hoje Mário Zambujal dizia que os livros são (como as) pessoas: têm corpo e alma. O corpo é palpável na sua capa, na sua contracapa, nas suas folhas. A alma está dentro protegida pelo corpo, verdadeiro invólucro. Protegida pela pele, músculos e ossos que protegem a essência. A essência, a alma é transmitida por hábeis mãos, sentidos pensamentos, realidades (im)pessoais que o escritor deixa fluir para um corpo, para umas folhas que uma vez abertas pelo leitor desvendam todo o sentido do ser- aquele livro, que não é um mero objecto mas, sim, uma pessoa. E, em boa verdade, diga-se que o inverso também é certo. As pessoas são como livros.

Eu, como livro que sou, gosto dos meus parágrafos, dos meus ponto e vírgula, das minhas pausas, das minhas reticências e dos meus pontos finais. E, não, não é um ponto final que vos venho dar a conhecer hoje mas um ponto e vírgula. Venho iniciar um novo capítulo, contudo a velha alma por aqui andará não tão bem disfarçada como um fantasma, nem tão pouco camuflada de nova onda. Será mais do mesmo mas com uma brisa refrescante a pairar entre palavras e temas.

Neste livro disfarçado de caderno de apontamentos em que se tornou este blogue venho, mais uma vez, fazer a, devida e ansiada, respiração boca-a-boca (já fiz soar as sirenes da minha equipa de emergência, ou seja, eu). Quero ressuscitar esta pessoa em que se tornou o meu blogue que até agora se encontrava ligado a máquinas de cuidados intensivos. Ainda estava vivo por ter outros blogues que o alimentam de esperança renovada todos os dias.

Entre a magia do átrio do Teatro Municipal Baltazar Dias e entre a envolvente Festa do Livro do Funchal reergueu-se aquele soldado literário que em mim sempre esteve, umas vezes mais adormecido do que outras. É com ele que agora regresso e com aquela brisa que sobre mim teima em pairar.

Tenho vindo a cruzar-me com muitos autores, tenho escutado as suas palavras tal qual uma discípula impaciente, tenho sentido o frenesim de mais um dia, mais um autor, mais uma conversa, mais um amor ou desamor literário coleccionados... É com essa alma provinda dessa Festa que aqui regresso com a certeza de que trago um corpo novo a este blogue e uma alma igual mas revigorada.
Vamos lá reingressar ;