31/05/10

Menos tretas e mais acção



Et voilá! Finalmente consegui! Hoje rebolei no calhau. Sim que por cá escasseiam as praias de areia amarelinha. Então em vez de areia fininha e macia, temos calhaus grandes e cinzentos que aquecem como tudo e até proporcionam uma massagem às costas "divinalmente brutal". Basta dizer que saí da praia a andar meia dorida e ligeiramente torta... Coisa pouca. Numa semana volto ao normal.

Porém não só me estendi no calhau, tal qual um lagarto desesperado por sol, como ainda dei um mergulhito. Ah pois é. Ao início não ficaram pêlos no meu corpo por eriçar mas depois, milagrosamente, o corpo deixou de ser teimoso e começou a ambientar-se aos 20 graus dentro de água.

Ao que parece estava mesmo a precisar de arrefecer e de tomar um banho salgado que me soube tão bem... Com o sol e o mar parece que me voltou a alma que alimenta este "bichinho da loucura", o blogue. Agora sim, parece que já estou em mim.

30/05/10

Tretas


E não é que o deixei abandonado?! Ao relento... Quem? Quem poderia ser?! O blogue. Esta espécie de bichinho da loucura foi deixado por sua conta por 6 dias.
Contudo agora que voltei à carga vou dizer aquilo que me passou pela cabeça nestes 6 longos dias. Foi só estrume. Exactamente isso.


Pensei em falar sobre o PEC. Estrume.

Festival da Canção? Cocó.

Falar sobre o desemprego no país? Só bosta.

Sobre o RIR e, em especial, não ter ido ver Muse? Só me sai merda.


E, pergunto, queriam vocês que eu viesse aqui vos atormentar com a minha diarreia verbal e escrita de puro maldizer?
Estou para aqui a pensar se o Imodium também actua nestes casos... Será que põe um travão à minha súbita falta de sensibilidade para com determinados temas? Tenho cá para mim que é melhor pôr uma rolha na minha boca e atar as minhas mãos até, pelo menos, poder controlar aquilo que digo e que escrevo. Por enquanto é como se não estivesse em mim.

24/05/10

Avessa ao xadrez



Não suporto jogar e/ou ver jogar xadrez. Porquê? É simples. Dá-me sono. Aborrece-me a (quase) inexistência de acção visível.

Queimar os neurónios só para pôr uns cavalinhos e umas torres, uns pretos e outros brancos, a dar pulinhos num tabuleiro e, ainda por cima, ver duas pessoas a transpirarem como se viessem de uma maratona por causa de um jogo de xadrez... é de uma sonolência incrível.

Há quem jogue por puro lazer e depois há os que o fazem como uma profissão, com direito a campeonatos e tudo! Os da segunda categoria afligem-me. Parecem todos ter uma vida muito pouco agitada. Aquele ar paradinho, sossegado, calmo e muito, muito (reforço muito)concentrado aflige-me, pronto! Não há nada a fazer.

Mas como tudo na vida há que concordar que nem todos são iguais. Algures entre os que se enquadram no segundo grupo haverá alguém que fuja ao meu preconceito inicial. E enquanto essa pessoa não surgir para me provar do contrário continuarei a bocejar sempre que o xadrez se atravessar na minha vida.

Sou avessa ao xadrez. Pronto. Tenho dito. Olhem que podia ser bem pior... podia ser avessa aos jogos de cartas e aí sim, era aniquilada. Os meus amigos faziam-me a folha (o que eles não sabem é que eu quase que odeio jogos de cartas, quase... pois é, eu até que disfarço bem!).

22/05/10

Silêncio, que vamos embarcar num sonho.

O Maestro solta a batuta com astúcia e distinção.

A orquestra estica os dedos nervosos e quase sucumbe ao rápido pulsar do coração.

O público atento aguarda o primeiro planar do som.

Ansiosos os violinos estalam. Tímida avança a flauta que depressa se desprende com fervor da sua timidez anunciada.

Eis que entram os violoncelos que destronam todos os outros.

O Maestro tenta sentir os olhares do público mas em si já só o tormenta as notas perfeitas que ecoam à sua volta. Tomado de assalto pelo momento as suas mãos tornam-se a sua respiração. Os olhos emoção. Os ouvidos codificadores de palavras. O seu corpo um transmissor de poesia. E tinha certeza de que se Deus existisse era assim que ele se manifestaria.

Magia que ressoa em toda a sala. Laivos de profunda satisfação ecoam.

Dedos entrelaçados. Olhos a brilhar. Suspiros incertos. No meio da escuridão alguém sonha.

Os violinos quebram intermitentemente a composição.

E enquanto o Maestro tenta não sorrir para não perder a concentração, alguém na sala sorria enquanto alguém chorava.

E foi assim, que naquele momento sublime, se fez poesia.

20/05/10

Adivinhar como?

E se eu não te conhecesse?

E se eu não tivesse descoberto a minha paixão pela vida?

E se eu tivesse chorado mais?

E se eu tivesse sorrido mais?

E se eu tivesse emigrado?

E se eu tivesse nascido noutro continente e ostentasse outra côr?

E se eu não fosse o que hoje sou?

Pois bem... Seria outra coisa qualquer. Outra pessoa que não eu. Outra mas ainda assim a mesma. Dizem que somos todos iguais, certo?!.. Esta pergunta foi feita com muita ironia, muita dúvida... A "igualdade"entre nós, seres que caminham sobre duas patas (pernas, pronto!) é uma utopia criada por alguns para dar um sentimento de segurança (falso) a tantos outros, muitos por sinal!

Mas a pergunta principal é:
E se Deus e/ou o Big Bang fossem demasiado egoístas e pessimistas e não quisessem investir na criação deste nosso mundo por considerarem ser uma aposta fracassada?

18/05/10

Dia de museu

Hoje é, e está prestes a deixar de ser, o Dia internacional dos Museus. De entre os vários dias internacionais que se assinalam este é o que mais me deixa feliz.

Porquê?
  1. Entradas à borla (haverá motivo melhor que este?);
  2. Os museus, para mim, são uma porta instantânea para a boa disposição, conhecimento e inspiração (ao contrário da maioria dos mortais, eu sei!);
  3. Adoro pôr-me a observar todos os pormenores do objecto artístico (seja ele qual fôr) e nele descobrir a verdade por detrás do aparente (tento perceber qual a inspiração e mensagem do criador);
  4. E por último, mas não menos importante, os museus fazem-me sonhar. Quem me conhece sabe de que sonhos falo.
Ah ia-me esquecendo hoje visitei o Museu de Arte Sacra no Funchal (http://www.museuartesacrafunchal.org/homepage.html ). Arrastei o meu irmão e a minha mãe comigo e que bom que foi!

E vocês e os museus têm uma relação saudável ou, pelo contrário, instável?

Palavras que se repetem

E quando alguém nos "rouba as palavras" o que é que fazemos?

Pedimos emprestado e (re)partilhamos com todos. Afinal todos estamos unidos pelo mesmo céu. Aqui :

17/05/10

"Sorte de principiante" (ou não...)

Há uns tempos atrás já tinha me pronunciado acerca da "SORTE", essa coisa rara para uns, banal para outros (aqui: http://soavulso.blogspot.com/2010/03/sorte-procura-se.html).
A verdade é que depois de ver este vídeo a SORTE ganhou um outro significado que na altura em que escrevi o "Sorte procura-se" nem me lembrei!


Pois bem a Sorte é também daqueles que parecem ter algo invisível que os protege. Ocorreu-me de que, às vezes, aquilo a que chamamos "sorte" é uma força estranha que nos rodeia e protege. Como um anjo talvez. Ou a força do acaso.

Talvez a sorte, essa coisa estranha que ninguém sabe de onde vem ou como e para onde vai, seja apenas fruto da nossa imaginação. Noutras situações, como na do vídeo, ela é tão real que depressa a reconhecemos e aposto que quando viram o vídeo uma das coisas que pensaram foi: "Que sorte!". Acertei?

16/05/10

A dieta dos "gugu-dadás" adultos


Alguém quer Cerelac? Não?! E um puré? Também não?! Ora deixa cá ver... e um biberão com leite? Pode ser?

Para muitos de nós estas perguntas são estranhas mas para alguns famosos uma dieta à base de comida de bebé é que está a dar! Dizem que é pelo bem do corpo, ou melhor, pelo emagrecimento rápido e a pouca vontade de mastigar, digo eu! Devem pensar que a comida de bebé faz-nos regredir aos nossos tempos áureos, isentos de rugas. É que não há paciência para "gugu-dadás" adultos!
Mito ou não, a verdade é que depois quem lê estas notícias, mais que cor-de-rosa, pode experimentar estas parvoíces e depois é o que se vê. Dietas malucas e mentes ainda mais dementes. Daqui a uns dias é ver algumas mamãs e alguns papás a dar comidinha ao bebé e a dizer: "Uma para ti, duas para mim!"

Por isso: Dietas malucas? Não! Comer equilibradamente e aliar a isso o exercício físico? Sim! Mas como hoje é domingo (= dia de gula) venha daí um belo cozido à portuguesa. E que bom que é!

14/05/10

A sonhar alto

Sabem onde é que eu gostava de estar neste momento? Em Cannes. A deliciar-me com o Festival de Cinema de Cannes.

Não só para ver os famosos, não só para ver os filmes seleccionados, não só para saber em primeira mão quem são os galardoados mas também para apreciar o ambiente circundante que me parece ser mágico. Adicionar glamour e cinema a um lugar já de si muito inspirador é simplesmente mágico!

A verdade é que Cannes e o seu ambiente mágico não é para qualquer um, ou seja, não é para todos os bolsos. A magia paga-se e bem caro, dizem.

Então, de momento, fico só pela vontade. E que bom que é sonhar alto!

12/05/10

Chuva fica no céu, fica!

Olhos pesados. Nariz entupido. Os ouvidos a estalar. Oh Meu Deus que olheiras!

Lenços em tudo o que é bolso. Atchins ao infinito. A cabeça que parece ter dobrado de tamanho. Parece que inchou (deve ter sido de ter visto tanto Papa na televisão). E doi. A garganta, essa traidora, está quase, quase a aderir a este rol de queixas.

Como diz a música: "Quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga!". O Variações já o sabia e eu aos poucos começo a entender. Bastou umas pingas de chuva súbitas para me deixar assim. Ranhosa. De nariz vermelho. Com frio. Pálida. Pronto, com cara e sintomas de doente!


Diz a minha mãe: "Com o chá vais ver que melhoras!"

Eu: "Chá de quê?"

Mãe: "Blá blá blá blá blá blá blá e umas gotas de MEL DE ABELHAS!"

Eu: "Já podia ter dito mais cedo! Onde está o chá? Que eu bebo num instante!"


Pois, está mais do que visto que a única coisa boa no meio disto tudo é mesmo o mel de abelhas. Só mesmo o mel para adoçar estes dias. O mel e outras coisas muito docinhas que isto quando se está doente tudo vale para nos curar (ou consolar!)!

Assim sendo e porque isto passará a seu tempo é melhor:

Deixar o corpo pagar
E os remédios actuar,
Porque eu já não estou a gostar! (lá estou eu a variar, ou a avariar, com o António Variações)

Dito isto deixo-vos com um grande ATCHIM, ou seja, um até amanhã mais feliz e menos ranhoso!

10/05/10

Chocolate, para que te quero?!

Imaginem chocolate. Chocolate de todos os feitios e gostos. Montes de chocolate. Uma loja de chocolate. Juntem a isso a talentosa e linda francesa Juliette Binoche. Adicionem agora o "delicioso" Johnny Deep. Irresistível, não?

O resultado? Uma fusão de chocolate, de actores maravilhosos e de um enredo envolvente. Um filme que nos deixa a salivar, literalmente.

O chocolate aqui conta uma história que se divide entre o preconceito, o amor, o medo e a liberdade. Eu juro que de cada vez que revejo o filme só me apetece é devorar tabletes e tabletes de chocolate. Felizmente consigo controlar-me e como uns quadradinhos apenas. E o meu rabo agradece!

Assim deixo-vos aqui o convite para verem o filme mas não se empanturrem de chocolate logo a seguir que eu não me responsabilizo! Podem sempre deliciar a vista e o vosso intelectual com as personagens de Deep e da Madame Binoche que não lhe fica nada atrás! Contem ainda com Judi Dench, Alfred Molina e Lena Olin, todos fazem um brilharete nas suas interpretações.

E pronto. Não consigo resistir. Agora vou ali me lambusar de chocolate e pode ser que regresse ainda hoje. Se não regressar é sinal de que me agarrei ao chocolate e por lá vou ficar o resto do dia. Humm ora deixa cá ver por onde vou começar...

07/05/10

E é assim que me sinto hoje:

Marota, muito marota. Que mais podia ser?!

Ah e também tenho uma vontade incontrolável de rir. Isto de sair com os amigos para jantar deixa-me assim, com vontade de festejar, de rir até de madrugada, de ser o mais leve e descontraída possível!

Parte desta minha disposição de hoje deve-se a toda uma explicação, pouco científica, sobre o licor de canábis que até envolve erecções (in)desejadas e completamente (des)propositadas... Licor de canábis é o novo Viagra, querem ver? O que estes homens dizem... Tenho cá para mim que o estímulo foi outro, talvez mais físico, talvez... É só uma teoria uma vez que não foi eu que bebi o dito licor. Comigo é mais Kamasutra, isto é licor indiano, de seu nome Kamasutra.

Agora percebem qual foi o teor da conversa de hoje com os amigos? Daí a vontade de rir misturada com muita "marotice"!

05/05/10

O «efeito ananás»


Isto de ter um ananás especado a olhar para nós (e nós a olhar para ele) tem muito que se lhe diga. O ananás tem toda uma aura tropical que me transcende. Basta-me olhar assim de relance que me imagino logo numa praia paradisíaca, de papo para o ar a torrar ao sol e a sorver um belo de um cocktail….
O ananás lembra-me Cármen Miranda, logo lembra Brasil, logo lembra praia. É ver/ comer ananás, ou um monte deles, que automaticamente transcendo para outra dimensão. Sem frio, sem correrias, sem preocupações, muito sol e calor onde o lema principal é: “don´t worry, be happy…”!
Há quem diga “Eu gosto é do Verão…”, eu digo: “Eu gosto é de ananás e de todas as coisas boas que a ele associo…” (o que basicamente significa que eu gosto é do Verão!). Agora que penso nisso lembrei-me que estou sempre a confundir ananás com abacaxi e vice-versa, contudo o que eu disse sobre o ananás aplica-se ao abacaxi. Ambos têm coroa, ambos são doces e amarelados por isso, para mim, pelo menos, são idênticos. É como no indiano ontem, não sei bem o que comi mas lá que me provoca boas sensações, ai isso provoca!

04/05/10

Uma noite indiana

Hoje foi dia de indiano. Pela primeira vez pisei um restaurante indiano e mesmo que fosse de olhos vendados saberia logo porque aquele cheiro a especiarias que pairava no ar não enganava ninguém!

Como bom restaurante de comida oriental tinha que ter um indiano que, neste caso, até era o patrão. Sempre muito acessível, percebeu logo que erámos iniciantes e orientou-nos/ aconselhou-nos naquela viagem pelo mundo dos sabores indianos.

Descobri que eles por lá têm molhos muito interessantes e outros muito picantes. Descobri também que o meu namorado tem um paladar muito sensível e eu um paladar meio "adormecido". Era ele a dizer que o molho era muito picante e eu a dizer que não era nada picante, enfim e eu que pensava que não suportava muito bem estas coisas de comidas picantes! E nisto tudo o indiano olhava para nós a ver qual era a hora que ia ter que chamar os bombeiros para apagar o fogo. Mas nós fomos resistentes.

Comemos:
  • uma entrada feita com peixe (cujo nome não percebi) e muitas especiarias,
  • " bhuna de frango" (peito de frango com uma mistura de especiarias indecifráveis),
  • "pilau" (que é arroz com uns ingredientes muito coloridos mas não me perguntem o que era!),
  • "nan com alho" (pão, muito bom por sinal visto que comi mais de metade da porção que nos trouxeram).

Nisto tudo nem pedimos sobremesa estávamos cheios, prestes a rebentar! Contudo não resistimos e sucumbimos à tentação. O indiano lá nos aconselhou uns digestivos com uns nomes muito estranhos.

Para o namorado licor de canábis, e eu pensei: "mas que raio, é legal beber isso?", ao que o indiano parece que leu os meus pensamentos e disse: "é ilegar fumar mas beber podemos!". Para mim um licor indiano de seu nome "Kamasutra". Sugestivo, no mínimo, e bem docinho!

Resultado final: Barriga cheia e satisfeita e uma grande preguiça. O indiano que me aguarde que lá irei mais vezes!

03/05/10

A vida é às cores

Um dia vou ser arqueóloga. A História da Arte um dia vai deixar de ser só uma paixão. Algures nos meus sonhos também vou ser astronauta. Vou ser egípcia com uma veia nova-iorquina e um “je ne sais quoi” parisiense. Vou ser maior, vou crescer, vou viver mais e concretizar mais. Um dia vou viver o Dia da Mãe dos dois lados. E terei aquele sorriso babado e aquele olhar lacrimejante. Um dia vão tentar me vender vestidos de noiva que pesem 50 quilos e me tentar convencer a dar uma festa com 500 convidados. Quando esse dia chegar mudo-me para uma ilha deserta, caso-me por lá e aviso umas 10 pessoas do acontecimento. Um dia vou ter um jardim verde e florido só para mim e para os meus. Vou ser pasteleira e vender os meus bolos num museu enquanto faço uma análise crítica a um quadro. Um dia vou ter uma biblioteca gigante só para mim e o pó não me vai provocar alergia. No meio dos livros de tantos outros vai estar o meu livro. Vou ficar rouca e fisicamente esgotada e não vou ficar cansada com isso porque vou estar a pular e a cantar ao som das minhas músicas preferidas. Um dia quando chegar aos 90 quero dizer que ainda tenho sonhos e que sou feliz. Quero escalar pirâmides, pendurar-me na Torre Eiffel e perder-me em Times Square. Vou dar a volta ao mundo enquanto canto “I`ve got the world on a string”. Um dia vou concorrer a presidente e desistir no último minuto porque descobri que a vida é boa demais para ser levada muito a sério. A vida é para ser saboreada, a vida é para ser cantarolada, a vida é para ser amada, a vida existe porque o sonho também. “Esse dia” começa hoje. Vendo bem já começou há muito tempo atrás só agora é que escavei fundo o suficiente para me aperceber disso.

01/05/10

É mentira, é mentira, é mentira, sim senhor(a)!


O meu 1º de Maio não deve ter sido muito diferente do da maioria. Não fui para a rua festejar, nem "desfilei" numa manifestação. Foi um feriado normal ou, anormal na perspectiva de alguns.

A sensação com que fiquei pelo o que vi nas notícias é de que podemos barafustar, espernear, gritar, reinvindicar que ninguém nos ouve. Ou fingem não ouvir.

A classe que se diz dirigente política tem orelhas moucas e pés de lã. Só ouvem e fazem o que lhes convém e fazem-no de mansinho, tão levemente que quando damos por isso lá estão eles mais uma vez a quebrar promessas feitas.

Mentirosos? A maior parte das vezes sim. São é peritos em "falar a verdade a mentir", que é como quem diz que são uns grandes aldrabões e que arranjam maneira de se safar (quase) sempre. Garrett já o sabia, muito antes dele já outros sabiam. Todos nós sabemos e todos nós compactuámos.

Haverá maneira de barafustar, espernear, gritar, reinvindicar e sermos ouvidos? Quando isso acontecer para valer, sem ser num faz-de-conta, alguém me avise porque lá estarei.