Recebemos as flores. Retribuíremos com um jardim ainda mais belo.

Beleza. Água, terra, céu. Madeira. Destruição. Confusão. Desespero. Choque. Inconformismo. Tristeza. Vida e Morte. Deus e todos os Santos. Coragem. Reconstrução. Ajuda. Mãos. Máquinas. Lágrimas. Solidariedade. Reportagens. Canções. Portugueses. Uma só bandeira. Recomeço.

É tudo o que sinto e vi. São sentimentos e principalmente acções que fazem de nós vencedores. Todos nós.

Mito I

Amor

e uma cabana

(e a única coisa que me ocorre dizer é) "...e tudo o vento levou"!

Oh, oh se levou! A cabana, não o amor.

Se bem que as palavras leva-as o vento e todos nós sabemos que 50% do amor é constituído por palavras... os outros 50% são compostos por actos e esses não os leva o vento, enterram-nos as pedras que podem ser movidas pelo vento.

Então, se a cabana e o amor podem ser erradicados pelo vento, o melhor é ficarmo-nos por uma mansão e uma grande paixão (daquelas intermináveis) e vão ver que nem o vento se atreve a soprar. Ou então chega de mansinho e leva tudo num grande vendaval.

Porque quando os problemas chegam não há ricos, nem pobres. Existem pessoas e sentimentos. E estes dois factores, por si só, já criam uma grande confusão. Agora imaginem juntar a tudo isto o amor, uma cabana e o vento!

P.S.- Não se preocupem que a minha cabana continua intacta.

A galinha

Mas quem é que criou aquele mito de que "a galinha do vizinho é sempre melhor que a nossa" ?

Desculpe "pessoa que criou esse provérbio/ mito", mas a maior parte de nós que vive na cidade nem tem galinhas em casa, quanto mais a vizinhança! Alguns vontade não lhes falta, falta espaço.

Acaso a galinha é assim um bem tão inacessível, precioso e maravilhoso que nos faça desejar tê-la em casa?

No supermercado temos frangos aos montes a se acumularem nas prateleiras com um ar amarelinho e... morto. Decapitados e depenados (graças a Deus ou ao homem do talho).

Pois. Haverá quem contraponha e diga: "- Não senhora, os frangos não são galinhas!"

Mas andam lá perto (digo eu). Os frangos até são bem melhores. Mais tenrinhos e menos barulhentos porque normalmente aparecem douradinhos no nosso prato e já divididos em porções.

Pois. A voz da razão contrapõe e diz: "-As galinhas dão ovos e os frangos não!"

E daí? Acaso isso faz-me querer ter uma ou um bando de galinhas em casa? Não. Para isso vou ao supermercado e lá os ovos até já estão lavadinhos e tudo.

O que não me sai da cabeça é o facto de se ir logo cobiçar a galinha, ainda por cima do vizinho! Se ainda fosse a casa, o carro, a viagem do Verão passado, enfim coisas dignas de se querer... agora uma galinha?

É melhor ter um cão a uma galinha, um hamster a uma galinha, uma doninha a uma galinha. Pelo menos, não vou olhar para eles e ter vontade de os comer. Imaginemos a seguinte situação: no Natal à falta de peru lá tínhamos que sacrificar a galinha e isso provocaria muita dor e arrependimento (apenas até à hora do jantar porque depois esses sentimentos davam aso à gula e esquecia-se tudo num instante!).

Não me levem a mal os tratadores e defensores de galinhas mas por favor deixem-nas no campo sossegaditas. Porque para galinhas já me bastam algumas das minhas vizinhas!

Vem andar e voa

Porque uma palavra de esperança urge.

Para que naqueles dias cinzentos e frios o nosso coração saiba que melhores dias virão.

Porque há sempre um lugar, um lugar construído por nós, que é maior que a nossa grandeza material. É igual à nossa imensidão interior, talvez maior.

Para que em nós não se esvaneça a vida em vão.

Vem andar e voa.

Marisa Monte Vilarejo

Antes e depois.

No tempo dos Afonsinhos:

Não havia internet havia a Inquisição.
Não existiam blogues existia a guilhotina.
Não existiam celebridades havia Deus, o Papa e o Rei.
Não havia fast- food. Havia slow- food que crescia lenta e saudavelmente nos campos.
Não havia saneamento básico. Tinham retretes públicas e banhos de rio, de ribeira, de lago.
Não havia roupa "vintage". Havia roupa que passava de filhos para filhos e de vizinhos para vizinhos, remendadas e desbotadas e ninguém se queixava desde que não tivessem frio.
E todos eram felizes.


No tempo do Sócrates (aquele dos tempos actuais que é primeiro- ministro):

Há escutas,
Há corrupção,
Há telejornais a serem encerrados,
Há jornais a serem manipulados,
Há o TGV,
Há a lei das Finanças Regionais.
Há tudo aquilo que os Afonsinhos não tinham e parte do que tinham.
E todos se queixam.

Vá-se lá perceber porquê!

Selinhos

A querida Atena do http://aminhavidaemruinas.blogspot.com/ passou-me este selinho. Um grande muito obrigada!

1- Indicar o selinho para cinco blogs cujos posts tu consideres mais interessantes e cheios de significados, não levando em conta o layout ou a organização de widgets do blog.

http://girlinthecloudsss.blogspot.com/
http://ahisteriafeminina.blogspot.com/
http://epidemiadeloucuras.blogspot.com/
http://omeublog-secreto.blogspot.com/
http://alguma-incontinencia-verbal.blogspot.com/

2 - Responder à pergunta: "Você acha que a beleza está nos olhos de quem vê ou isso é só desculpa de gente feia?"
O conceito de beleza é tão vasto e tão diferente... Por exemplo: o que aos olhos dos ocidentais pode ser lindo aos olhos dos orientais pode ser desinteressante e feio. Há que relativizar o conceito de beleza e alargá-lo.

3 - Avisar os blogs que indicou.

A Atena do http://aminhavidaemruinas.blogspot.com/ deu-me este outro selinho bem como a Girl in the clouds do http://girlinthecloudsss.blogspot.com/. Um muito obrigada às duas.

1 - Qual a sua marca de maquilhagem nacional preferida?
Não conheço assim nenhuma que me suscite atenção especial, até acho que não conheço nenhuma... se calhar é ignorância minha.

2 - Qual a sua marca de maquilhagem internacional preferida?
Gosto de M.A.C. e Chanel.

3 - Qual o seu perfume perdileto?
Miss Dior l`eau

4 - Esmalte nude ou colorido?
Colorido, por favor! Vermelhos, pretos, ameixas... adoro!

5 - A melhor compra de cosmeticos/maquilhagem?
Tenho uma base da Suisseve que faz maravilhas!

6 - A pior compra de cosmeticos/maquilhagem?
Até agora não tenho queixas a fazer.

Passo este desafio a todas as minhas seguidoras (perdoem-me os rapazes mas este desafio é maioritariamente para as meninas) que queiram partilhar os vossos segredos de beleza.

E mais selinhos!

Um muito obrigada à querida Girl in the clouds do http://girlinthecloudsss.blogspot.com/ que me ofereceu este selinho fantástico. Eis o desafio:

1 - Dois truques de beleza;
Limpar e hidratar a pele todos os dias duas vezes. Uma de manhã e outra à noite, sem esquecer de aplicar o tónico, claro. Com esta faz três!

2 - Duas prendas que gostas de receber;
Livros, relógios, colares, anéis, sapatos... enfim gosto de tanta coisa que não consigo dizer só duas!

3 - Local preferido para fazer compras;
Madeira Shopping eumas lojinhas muito catitas cá no Funchal com uma ar muito discreto e uns preços muito acessíveis. Quanto a nomes não me recordo...

4 - Dois defeitos;
Respondona e odeio ser contrariada.

5 - Duas qualidades;
Ser muito prática e objectiva.

6 - Dois produtos de beleza recomendáveis;
Na verdade não tenho só dois e recomendo todos os produtos da marca Suisseve são fantásticos. Caros mas muito bons. Infelizmente nunca os vi à venda em lojas, apenas por encomenda.

7 - Três manias;
Vestidos; Viagens (principalmente Nova Iorque e Paris); Beber chá verde.

8 - Três características que não suportas nas pessoas;

Hipocrisia; Terem a "mania" da superioridade; Falta de honestidade.

9 - Três características que admiras nas pessoas;
A capacidade de humor, a honestidade e a lealdade.

10 - Pessoa especial para ti
São tantas e não é preciso dizer porque elas sabem que o são.

Passar este selinho a mais 5 blogueiras(os) .
A todos os meus seguidores é só pegar e responder ao desafio. Quero saber os vossos truques.

Cuidado com o que se diz...

Ouvi agora no telejornal da SIC o jornalista comparar o Curral das Freiras a um buraco.

Um buraco?! 4 mil pesssoas com certeza não escolheriam viver num "buraco".

"O peso do buraco"? Mas você está tontinho ou quê?!

Comparar uma localidade a um "buraco"? De facto o Curral das Freiras está rodeado de montanhas e enfrenta o problema de só ter uma estrada como ligação mas daí a ser um "buraco"!

Nós por cá, às vezes, referimo-nos àquela localidade como "buraco" em jeito de brincadeira. Agora apresentá-la ao resto do país como "O buraco"?! Principalmente tendo em conta a catástrofe que agora se vive? Acho que o jornalista em questão não conhece minimamente o local. É que se ele diz aquilo aos locais, os "curraleiros", é que leva logo um par de estalos ou na melhor das hipóteses fica sem resposta.

Desculpem o desabafo. Esta expressão deixou-me estupefacta. É preciso ter um pouco mais de sensibilidade nestas questões e não se esquecer que naquele "buraco" vivem pessoas que também elas sofreram e que certamente não gostam deste tipo de comparações.

Hoje o céu desmoronou. E a terra cedeu.

O que é que eu posso dizer sobre o estado de calamidade que se abateu sobre a minha cidade que todos vocês já não tenham visto ou ouvido na televisão? Acho que as imagens falam por si.

Felizmente até agora eu e a minha família estamos todos a salvo, nem fomos afectados directamente pelo mau tempo mas "bem" não estamos. Estamos chocados. A ilha está em estado de choque.

Pontes que ruíram por força das águas, ribeiras que galgaram muros, invadiram casas e estradas, derrocadas, pessoas isoladas e arrastadas, mortos... A baixa funchalense parece uma longa e interminável ribeira . Todas as estradas que a ela vão dar parecem igualmente ribeiras.

Os danos materiais e principalmente humanos foram mais que muitos... Dizem-nos para não sair de casa mas a vontade é de ir ajudar. Sei que não posso. Não tenho meios, nem capacidade para tal. A sensação de impotência perante a força da natureza é muita...

As comunicações agora começam a restabelecer e felizmente não fiquei sem electricidade... fiquei foi sem água. Contudo este é um mal menor comparando com as desgraças que neste dia se abateram sobre o tecto e vidas de muitos.

O Funchal neste momento é uma cidade- terror. Uma cidade cinzenta e inundada que já não brilha. Chora.

É triste. Apenas e tão só. Triste.

Só sei (que a maior parte das vezes) nada sei.

"Então mas o que é que sabes fazer?"

Não sei andar de bicicleta mas faço intenções de aprender.

Não sei jogar matraquilhos. Não tenho controlo nenhum sobre aqueles bonequinhos tão idiotamente dependentes das minhas mãos e braços.

Também não sei jogar futebol. A bola passa por mim e normalmente tropeço em cima dela. Prefiro ver a Selecção jogar e as quedas dos profissionais são sempre mais interessantes que as minhas.

Não sei cantar. Nem pretendo ter aulas de canto. Cá por casa a palavra de ordem quando começo a cantorolar é :"Cala-te!"(são tão fofinhos os meus irmãos...).

Não sei mentir mas disfarço muito bem.

Não sei perguntar "Precisas de ajuda?". Sei chegar e ajudar.

Não sei contar anedotas. Por alguma razão sempre que tento ficam todos a olhar para mim com um ar de:"Já acabaste?"

Sei contar histórias. Menos as de embalar. Por uma razão mais do que óbvia: fazem dormir os outros e a mim também.


E isto é só para começar. É mais fácil dizer o que não sei fazer do que aquilo que sei. O não também dá uma bela descrição, não acham?

5 estrelas

Desta vez tenho que agradecer ao http://supermortadela.blogspot.com/ pelo selinho!

Faz parte do desafio dizer quais as 5 músicas de sempre que não me saiem do ouvido e da cabeça:

• "Beautiful world" - Coldplay;
• "The girl"- Frank Sinatra;
• "Exogenesis Symphony, Pt 1, 2, 3"- Muse;
• "Apontamento"- Margarida Pinto;
• "Elegy for Dunkirk"- Banda sonora do filme Atonement (Expiação).

Depois é só passar o selo a 5 blogues que sejam 5 estrelas.

Só cinco?! Vou passar a todos os que eu sigo porque se eu os leio é porque para mim são cinco estrelas.

O MEC é que sabe!

(MEC = Miguel Esteves Cardoso )

«Gosto muito de velhos. Os velhos são o nosso futuro. (...) Irrita-me quando dizem que uma pessoa está «senil» só porque não corresponde ao que se espera dela. Quando eu for velho também quero ser senil. Hei-de chamar nomes horríveis, repetidamente aos funcionários, políticos e outros empregados empertigados que não me caírem no goto, no ouvido. Alto. Naquele cana-rachada irritante: «Ó seu grande monte de cocó de galinha, porque é que não trata as pessoas como deve ser?»

em As Minhas Aventuras na República Portuguesa

Que é feito deste homem? As suas crónicas tão inteligentemente compiladas no livro que acima citei são todas elas retratos e opiniões genuínas daquilo que é a sociedade portuguesa... Acreditem. Cada crónica é mesmo uma aventura.

A primeira vez que li estava na universidade, há dois anos atrás. Foi uma proposta de leitura da docente de Oficina de Texto. Proposta?! Foi mesmo uma imposição. Ou lês ou chumbas.

Bem, mas adiante... Li todo, todinho. Qual resumo, qual quê? Nem há resumos para este livro, o próprio livro já é um grande resumo do que é ser português. Imaginem resumir, ainda mais isto. Nós, portugueses, ficávamos reduzidos a pó!

Li e volta e meia volto a reler. Hoje foi a vez de reler a crónica: «A Aventura da Velhice». Acima transcrevi uma parte da crónica que me deu um novo alento nas maravilhas do que é se ser velho. Vou poder chatear todos os que sempre me irritaram e vou sair impune. Porque quem é "senil" merece ser perdoado e não ser contrariado senão perde as estribeiras e é um "Ai Jesus!"!

Porque, de verdade, "ser velho é a mesma coisa que ser Super-homem. Ninguém nos toca." E porque não há herói que não tenha um inimigo, não há velhice sem contratempos mas estes ficam para depois. Conto-vos daqui a uns largos anos. Por enquanto importa o que é bom (já que todos para lá caminhamos mais vale pensar no que é positivo). O mau deixo para quando lá chegar.

Segunda conclusão carnavalesca

"Carnaval é tempo de muita psicologia barata."

Os homens que surrupiam as roupas de um clube de strip e saiem à rua como a maior e pior aberração entre as mulheres, dizem os antigos, que olham de esgueira e com olhar de reprovação, que é porque gostariam de ser mulheres e consequentemente são larilas.

A sério?! Toda a gente sabe que só se vestem assim porque nos admiram muito, certo?

(Bolas! Agora, até eu, fiquei na incerteza.)

"Carnaval é tempo de muita porcalhice também."

São os "confettis" e as serpentinas pelo ar, no chão, nos cabelos, nas roupas, dentro de casa, em cima da mesa, a boiar na sopa... Espero que seja tudo feito de papel reciclado.

E no Brasil não são confettis mas sim maminhas e outras coisas ao léu que aparecem em todo o lado. Serão também elas, as mamocas, recicladas?!

E depois? Quem faz o favor de limpar as estradas e afins de tamanha porcalhice? E quem faz o favor de tapar as mamocas daquelas senhoras? (Isto sim é um grande desafio porque, muito provavelmente, não há ninguém que se queira habilitar a tamanha façanha!)

Primeira conclusão carnavalesca:

“É Carnaval ninguém leva a mal”

Ai é?! Ora vejamos:

E se um palhaço rir e gozar de mim na minha cara?

E se uma bruxa me amaldiçoar?

E se um vampiro morder o meu pescocinho?

E se os políticos deste país que se passeiam nos desfiles de Carnaval (ainda que feitos de cartão e pouco mais) se tornarem ainda mais parvos e inúteis do que alguns já são?!

Quanto a vocês não sei mas eu não ia achar piada nenhuma até porque de palhaços, bruxas, vampiros e políticos está este mundo cheio. Se ainda se manifestassem só no Carnaval... Mas não. Tinham que andar a pastar por aqui o ano inteiro.
Tenho cá para mim o seguinte: “Se não vieste a bem, a mal vais.” E isto aplica-se a todas as épocas do ano que eu não sou de abrir excepções, muito menos no Carnaval.

Se estivesses calado era melhor...

As coisas que uma pessoa ouve enquanto caminha alegremente e descontraidamente (começo a ficar cansada dos "mente") pelas ruas de uma cidade...

Algures numa esquina um homem nos seus quarentas e qualquer coisa pergunta a um rapazote nos seus dez e qualquer coisa:

-"Não és demasiado novo para estar aqui só?"- diz com um ar muito dócil, tanto que chegou a ser suspeito...

O rapazote responde: -" E tu não és demasiado velho para ainda usar aparelho?!"

Dito isto o homem enfiou a cabeça no telemóvel fingindo que não percebeu e pôs-se a andar como se estivesse muito atrasado. Provavelmente ao virar a esquina deve ter olhado para uma montra qualquer de uma loja e verificar qual o problema do seu aparelho dental...

Eu simplesmente ri. Ri-me muito.

Eu com a idade do miúdo ficava cheia de medo e ponha-me a correr não fosse o homem um psicopata ou assim. Nos dias que correm não é assim. Os miúdos respondem como se fossem adultos. Agem como se já não tivessem nada para aprender. São outros tempos minha gente, outros tempos. Já pareço uma avozinha a falar...

Je t`aime.

Um dia destes parto à descoberta...

...de ti.

Se quiseres ir comigo também podes.

Se não quiseres levo-te comigo na mesma escondido no meu bolso.

VA VA VOOM!

Quem é que disse que os homens não gostam de saltos altos e bonecas?

E aparentemente também gostam de:

• calças de pele justinhas (muito sexy mas é só para quem pode e pelos vistos este pode);
• roupões à la Hugh Hefner - o bigboss da Playboy que vive rodeado de um harém de silicone e viagra;
• de fazer colecção de tudo o que pareça uma girafa;
• andar lá por casa nuinhos (nada contra!), tal qual vieram ao mundo, com mais uns extras;
• de usar casacos de mulher (nós usamos as suas camisas para andar lá por casa e eles usam os nossos casacos, nada mais justo!);
• brincar com a nossa colecção de bonecas Barbie há muito esquecida;
• usar fatiota e ter como adereço principal uma boneca siliconizada e loura com a qual passeiam-se alegremente.

O menino que vimos nestas fotos é Baptiste Giabiconi a nova musa inspiradora de Karl Lagerfeld (Chanel), ou melhor, o deus. Ou ainda melhor deus/deusa porque aparentemente o seu aspecto andrógeno anda a render-lhe uns trocos. E não é que os saltos lhe ficam a matar?

(note-se neste texto uma extra dose de ironia!)

Bora jantar?

Estão a ver um jantar que mete licores, queijos, caldos, quiches, tudo regado com muita sangria e ainda sobremesa?! Não estão a ver? Nem eu conseguia imaginar ao que ia.

Para não variar deixo-me sempre enganar com a sangria. Não paravam de encher o copo (eu também não dizia que não). Eu a ficar com calores e um ligeiro rubor na cara. Rubor não, blush natural. As pernas a ficarem cada vez mais moles. A rir muito e a dizer muita coisa pouco séria. Precisam de mais descrição para entender qual foi o produto final?.. Pois. Bem me parecia.

Acontece que depois só via os pratos a se multiplicarem à minha frente e por esta altura a sangria ainda era pouca, logo o que vi e comi era verdadeiro. Que milagre foi aquele? O da multiplicação de calorias, só pode. E o da diversão, claro!

Tudo isto para dizer: que sou uma pessoa muito séria (pudera!) e que só fiquei assim por causa dos outros (nesta é que ninguém acredita mesmo!). "Os outros" deram-me de beber, eu bebi, deram-me de comer, eu comi, como vêem sou uma inocente.

Para os que acham que fiquei perdida de bêbada, desenganem-se. Fiquei foi perdidamente alegre.

É ARTE, não um trapo qualquer!

Porque a arte também passa pelas roupas fiz umas compilações do que mais gostei do desfile da marca Ellie Saab na semana de alta costura em Paris. Sabemos e vemos que em cada uma destas peças cada detalhe, cada linha, cada forma, cada tecido é parte integrante de uma obra de arte. Obra de arte que muito pouca gente pode usar...

Ainda me pergunto porque é que no meio de tantas criações lindas e marcantes ainda há tantas celebridades que se vestem tão mal para um evento red carpet?! Só pode ser mau gosto, prova de que o dinheiro não compra tudo...

Contudo não concordo com os preços exorbitantes que se praticam nesta indústria mas entendo. Muitas destas peças são consideradas obras de arte e tal como um Picasso, ou um Van Gogh são hipervalorizadas quer pelo criador/ génio que tiveram e a sua popularidade, a maneira como influenciaram a época em que viveram e a sua clientela! Porque quer queiramos, quer não a haute couture está orientada para "servir" uma elite que está disposta a pagar muito mas mesmo muito por obras de arte tão únicas quanto estas.

Confesso:

Depois de ver o desfile (na Fashion TV) reavivou-se em mim o sonho de encontrar a costureira ideal... Aposto que ela deve estar mesmo ao virar da esquina com uma tesoura e dedal em riste para me fazer o vestido ideal!

Era uma vez...

Era uma vez uma tartaruga voadora, ou melhor, um cágado que é o termo correcto. Este nome espelha na perfeição o bicho uma vez que se tirarmos o acento fica um adjectivo muito fiel ao que aquela criatura é.

Ora bem, chegou então à altura de limpar-lhe o aquário e surge um dilema. Onde pôr o bicharoco enquanto se limpava o aquário? Ele até parecia adormecido e era preciso dar-lhe algum ânimo. Vai daí que tal pô-lo no parapeito da janela? Dito e feito.

Com o sol convidativo que estava ele foi posto no parapeito para ver se saía da casca (note-se que o parapeito não tinha nenhum tipo de protecção e estava num 4º andar).

Depois de limpo o aquário é tempo de trazer o cágado de volta ao seu habitat muito pouco natural mas eis que tinha desaparecido. Aparentemente ganhou asas. Agora a pergunta que predominava era: "Será que teve uma aterragem suave?". Foi o que foram averiguar.

Coitado (ou coitada, até hoje ninguém sabe o sexo do dito cujo)! Tinha-se despenhado! Escarrapachado no jardim do rés do chão. Tinha efectuado o seu primeiro e último voo.

Moral da história: Mais vale ter um cágado na mão, que tê-lo a voar e a ter, muito provavelmente, um final infeliz.

P.S.- Esta é uma história verídica e se vos serve de consolo este foi o primeiro e último cágado que sofreu nas mãos deste dono. Foi assim uma má experiência para ambos, se bem que foi de longe pior para o protagonista da acção- o cágado. Ah, e não, não era eu a dona...

O dentista

Imaginem-se num dentista. Deitadinhos naquela cadeira automática quase a fazer o pino, com a boca escancarada, quatro olhos em cima de nós, quatro mãos enfiadas na nossa boca (as do dentista e as da ajudante), uma grande luz apontada para a nossa cabeça e o Senhor Doutor lembra-se de perguntar:

-"Então a mãe está boa?"

Eu-"Hum hum..."

Depois disse mais umas coisas só que não percebi muito bem devido aos barulhinhos das maquinetas que se embrenhavam na minha boca. De maneiras que deduzo que o homem tenha perguntado pelo pai, pelos irmãos, pelo namorado, pelo cão... enfim é tudo clientela dele menos o cão, claro!

Resumindo: Ele podia ter deixado as perguntas para o fim, ou fazê-las enquanto eu ainda tinha algum poder sobre a minha boca, isto é antes de ele começar. Acho é que deve ter tirado alguma pós-graduação em entendimento de sons (grunhidos em geral) e descodificação de olhares. Sim, os olhos são das poucas coisas que conseguimos mexer numa ida ao dentista.

ATENÇÃO: Eu nem sou daquelas pessoas que tem medo de ir ao dentista, uma vez por ano lá vou eu para uma consulta de rotina, mas acho engraçado que o dentista faça aquelas perguntas enquanto tenho a boca escancarada, provavelmente não lhe apetece é ouvir a minha voz já lhe basta ver os meus dentes e afins... Será?!

Um bigode que mete respeito!

Quando for grande quero um bigode destes!

Pensando melhor se calhar não é boa ideia... é que eu como mulher que sou não vai ficar nada bem um bigodinho destes, quanto mais uma barba! E a manutenção daquela barbicha?! Já me basta a depilação!

Depois tinha que investir nuns rolinhos da avó, mais uns cremes hidratantes especiais, mais umas quantas idais mensais ao barbeiro... Nãaaaaaa fico-me pela esteticista, pela idas ao cabeleireiro... é bem melhor e olhem que já dá muito trabalho!

E depois eu não preciso de um bigode para meter respeito (mas uns saltos de 10 cm ajudam)!

Grande?

"That`s not the shape of my heart."

Importa mesmo saber se tenho um coração grande ou um grande coração?!

Se tenho um coração grande? Não sei. Muito provavelmente é proporcional à minha altura. Ou não fosse eu uma pequinitates com 1.55 apenas no b.i. porque continuo a achar que a senhora lá do registo civil me roubou 2 cm , o que já faz uma grande diferença!

Agora se tenho um grande coração? Tem dias. Perguntem aos outros que nestas coisas sabem sempre mais que nós próprios. Falarão por experiência própria, por consequência de contacto directo. (Esperem lá, se calhar vocês não conhecem os outros...)

Sendo práctica e objectiva : sei que tenho um coração igualzinho a todos os outros que faz tudo o que um coração deve fazer (felizmente!). Se ele é grande ou grande é não sei mas lá que às vezes ele me sai pela boca, ai isso sai! Depois vomito aquelas coisas, a que se chamam sentimentos, relacionadas com amor etc e tal...