O Maestro solta a batuta com astúcia e distinção.
A orquestra estica os dedos nervosos e quase sucumbe ao rápido pulsar do coração.
O público atento aguarda o primeiro planar do som.
Ansiosos os violinos estalam. Tímida avança a flauta que depressa se desprende com fervor da sua timidez anunciada.
Eis que entram os violoncelos que destronam todos os outros.
O Maestro tenta sentir os olhares do público mas em si já só o tormenta as notas perfeitas que ecoam à sua volta. Tomado de assalto pelo momento as suas mãos tornam-se a sua respiração. Os olhos emoção. Os ouvidos codificadores de palavras. O seu corpo um transmissor de poesia. E tinha certeza de que se Deus existisse era assim que ele se manifestaria.
Magia que ressoa em toda a sala. Laivos de profunda satisfação ecoam.
Dedos entrelaçados. Olhos a brilhar. Suspiros incertos. No meio da escuridão alguém sonha.
Os violinos quebram intermitentemente a composição.
E enquanto o Maestro tenta não sorrir para não perder a concentração, alguém na sala sorria enquanto alguém chorava.
E foi assim, que naquele momento sublime, se fez poesia.
Apenas uma palavrinha: fantástico!!
ResponderEliminarMagnífico, é lindíssimo...
ResponderEliminarEu que não sou dada a este tipo de música, adorei.
Mil pétalas...
Sim senhora... Muito bom!
ResponderEliminarBeijinhos*
Incessantemente poderoso, ritmado o texto e apetrechadas notas musicais, de uma loucura, de um rock.
ResponderEliminarÉ algo completamente fora do usual... :)
ResponderEliminarBeijinhos :D
Sublime como a intensidade do texto aumenta como se de musica se trata-se, adorei :)
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